Monday, September 30, 2013

Efeméride

E "completei mais uma primavera", como diriam aqueles de discurso rebuscado, em pleno outono, e tanto fez, apesar do dia agradável e das excelentes refeições e companhia, dos chocolates que adoro - pelos quais sou grata. Sou grata, também, por ainda não ter sido esquecida.

Antes da efeméride, fui ao Porto, a minha ideia fixa, o lugar onde, acho, quero morar. "Acho" não por duvidar do que quero, mas sim da legitimidade desse desejo. Os meus motivos me parecem bastante claros, mas sei que há sempre subjacências capazes de demolir as certezas, não me iludo.

Foi tudo muito corrido e, como acabei de escrever a uma amiga, descobri que não gosto mais de ir ao Porto, não como visita, a fazer coisas de turista porque A., apesar de dizer que também gostaria de se mudar para lá, encara tudo como "holidays". Sei que mesmo "as coisas de turista" podem ser muito agradáveis, mas não encaro como férias, não consigo. Férias para mim são dolce far niente, visitas a destinações exóticas, coisas assim. Tinha um propósito dessa vez - o casamento de uma grande amiga - e talvez vá de novo para um outro compromisso, mas brevemente. Não gosto de ir para ficar de bobeira no Porto, porque é uma montanha russa, e eu agora estou mais interessada em relativas estabilidades (relativas pois, como já disse, é tudo bastante destrutível neste mundo).

Conforme escrito a outra amiga, eu tenho mesmo é de ir para lá e ver no que dá, no mais, não vale a pena essa espécie de amor não correspondido, não valem esses encontros furtivos e sofridos. Saudades só são mortas com a permanência, o resto é perda de tempo.

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